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Um belo dia, à varanda, vejo alguém a contas com um furo na moto. Tentava ele retirar a câmara de ar mas teimava em não querer remover o veio da roda de uma Casal 50 de 2 velocidades.
Desci e ajudei a resolver o imbróglio. Conversa puxa conversa e fico a saber que o homem a quem acabava de ajudar a repor a moto em funcionamento catrabiscava umas coisas em electrónica.
O tempo foi passando e um dia apresenta-me HB, cujo paradeiro de há muito desconheço. Era cantor e precisava de ajuda.
Mais tempo passa e sou apresentado a Fernando Nelson operador de câmara e realizador. Trabalhava em película.
Pela mão de Fernando Nelson acabei trabalhando, como assistente geral, numa série para a RTP chamada Vamos ao Museu produzido pela Graficine comandada por NA.
O meu trabalho era, basicamente, de electricista e assistente de iluminação. Foram uns meses de trabalho visitando museus do Norte a Sul e às Ilhas. Nos intervalos fazia manutenção às câmaras de filmar, uma Arriflex e uma Cameflex (dupla grifa 16/35). O trabalho foi totalmente filmado em 16mm, película reversível. Assisti uma única vez à montagem de um episódio numa mesa Steenbeck da Ulyssea Filmes.
