sábado, 8 de agosto de 2009

Caricatura

Yamaha YB-50Dos tempos em que aprendia (não necessariamente estudar) electrónica, recordo a altura em que o meu pai me ofereceu uma moto. Uma Yamaha YB-50 (idêntica à da imagem mas azul) que ainda tenho e, supostamente, ainda trabalha. Há uns 20 anos que a não tento pôr a trabalhar.

Com a mota ganhei mobilidade que me permitiu juntar-me a um grupo de teatro amador sedeado, na altura, na Rebelva. Chamava-se o grupo, Caricatura.

O contacto com esse grupo fez-me aravés de uma miuda que alinhou numas férias passadas em grupo em casa do meu primo JS e da minha prima LS, na zona de Ferreira do Zêzere. Essa farra ainda é recordada recorrentemente.

A peça de teatro a ser ensaiada chamava-se Histórias D’Áquem e D’Além Mar e foram feitas umas dúzias de representações, entre vários locais em Aveiras com almoço e visita à Herdade da Torrebela. Coisa de esquerda, à brava.

Nessa peça de teatro, fazia tudo menos entrar em palco. Em particular trabalhava na iluminação e no som. Trabalhava com um gravador Tandberg, de ¼’ um amplificador estéreo de uns 25W por canal da mesma marca e um par de colunas Worfdale. Trabalhava ainda com um projector de slides Kodak e um par de auscultadores Sennheizer HD-414. Anos mais tarde viria a comprar, para mim próprio, um par destes auscultadores.

Na YB-50, além de me transportar levava outro elemento do grupo à pendura. Era também nela, com um colega e um megafone, que anunciávamos, nas localidades, a representação.

Posteriormente, não recordo por que ordem, levámos ainda a cena Biedermann e os Incendiários cujo autor não recordo e A Mãe de Bertoldt Brescht.

Suponho que terá sido na peça Biedermann e os Incendiários que toquei flauta de bisel. Uma flauta Aulos que aminha mãe me tinha oefercido e que ainda possuo. Nessa altura tocava mal flauta e tocava viola pior ainda.

Durante algum tempo esteve previsto entrar em cena como bombeiro mas não gostava da ideia e fui-me fazendo esquecido e raspando aos ensaios de forma a que a ideia fosse caindo no esquecimento.

Durante todo este tempo trabalhei como empregado de numa agência de navegação para onde fui pela mão de um grande amigo meu, o RF, de idade talvez para ser meu avô.

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